A Blefaroplastia é a cirurgia estética das pálpebras. Tem por objetivo remover os excessos de pele, bolsas de gordura e parte das rugas dessa região, que fazem o olhar apresentar um aspecto triste e cansado. É importante enfatizar que os “pés de galinha” são resultantes da ação muscular nessa região do rosto e são somente suavizados pela cirurgia, uma vez que não podemos bloquear definitivamente a movimentação desses músculos. A complementação desse procedimento muitas vezes, é aconselhada para um resultado melhor.

INDICAÇÃO

Em alguns casos a cirurgia de pálpebras é até mesmo necessária para a correção da visão: com a pálpebra muito caída, a visão é afetada, além de prejudicar esteticamente. Mas vale lembrar que nem todas as alterações que atingem a região das pálpebras podem ser tratadas com a blefaroplastia:  olheiras, edemas e alterações  da pigmentação nas pálpebras devem ser tratadas através de outros procedimentos, que devem ser estudados caso a caso.

Dúvidas Frequentes de Blefaroplastia

Como é feita a cirurgia?

A área de pele excedente é marcada pelo cirurgião. Após infiltração de anestésico local, é feita uma incisão sob a pálpebra inferior, evitando-se a cicatriz e a alteração das fendas palpebrais, e as bolsas de gordura removidas. A incisão da pálpebra superior fica bem posicionada no sulco palpebral, bastante discreta e camuflada.

Quando os pontos são removidos?

Os pontos são removidos após, em média, cinco dias. É frequente nos primeiros dias haver edema, que desaparece depois por completo.

Existe uma idade ideal para se operar as pálpebras?

Não existe uma idade ideal, mas a oportunidade ideal. Essa oportunidade é determinada pela presença do defeito a ser corrigido. Geralmente, ocorre após a terceira década.

As cicatrizes são visíveis? Onde se localizam?

Sendo a pele das pálpebras de espessura muito fina, as cicatrizes tendem a ficar disfarçadas nos sulcos da pele. Para tanto, deve ser aguardado o período de maturação da cicatriz (6 meses\1ano).

Qual o tipo de anestesia?

Pela extensão da cirurgia e boa qualidade dos anestésicos, a maioria dos casos é operada sob anestesia local (em alguns casos, com uma sedação prévia). Dependendo da vontade do paciente, poderão ser feitas sob anestesia geral. Reserva-se esta última conduta para os casos em que clinicamente está contraindicada a anestesia local ou quando a blefaroplastia esteja sendo feita simultaneamente a outras cirurgias.

Há dor no pós-operatório?

Geralmente não. Mesmo que ocorra uma sensibilidade maior ou pequenos incômodos dolorosos, estes poderão ser perfeitamente abolidos com o uso de analgésicos comuns. Seu médico lhe prescreverá aquele mais indicado. Não se automedique.

Os olhos ficam muito inchados? Por quanto tempo?

O edema (inchaço) dos olhos varia de paciente para paciente. Existem aqueles (as) que já no 4º ou 5º dia apresentam-se com um aspecto bastante natural. Outros atingirão esse resultado após o 8º dia. Mesmo assim, os 3 primeiros dias do pós-operatório são aqueles que apresentam maior “inchaço” das pálpebras. O uso de óculos escuros poderá ser útil nessa fase, assim como a utilização de compressas frias diminui a intensidade do edema. Somente após o 3º mês é que poderemos dizer que o edema residual é discreto.

Qual o período de internação?

Anestesia local: de 4 a 8 horas.

Anestesia geral: 24 horas.

Quanto tempo dura a cirurgia?

Normalmente, em torno de 90 minutos. Dependendo do caso, existem detalhes que podem prolongar esse tempo. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de Centro Cirúrgico, pois essa permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. Seu médico poderá lhe informar quanto ao tempo total.

O que são as “manchas roxas ou avermelhadas” observadas em certos casos?

Nada mais são do que a infiltração do sangue na pele subjacente, e mesmo na conjuntiva ocular. Ocorrem devido ao trauma cirúrgico. Isto, entretanto, não constitui qualquer problema futuro e não é considerado como complicação, mas uma intercorrência transitória e reversível.

Informações Adicionais da Blefaroplastia

O retorno às condições preexistentes a uma blefaroplastia (pele flácida, redundante e com bolsas sob os olhos) leva alguns anos. A pele e os demais tecidos das pálpebras continuam envelhecendo, sofrendo a ação inexorável do tempo, mas sempre com uma defasagem de quem retornou alguns anos no tempo. Uma nova blefaroplastia poderá ser recomendada quando você começar, novamente, a “brigar” com o espelho. Essa nova cirurgia não é, entretanto, um retoque da primeira, é um novo procedimento que poderá ser indicado para tratar os efeitos do tempo sobre as pálpebras.

IMPORTANTE: A retirada das bolsas de gordura trazem resultados excelentes em longo prazo. Porém, não raramente, nos clientes mais idosos ou em jovens com bolsas mais volumosas, pode ocorrer o reaparecimento isolado de uma dessas bolsas, particularmente na lateral das pálpebras inferiores. Não se preocupe, pois isto pode ser resolvido no momento adequado com um pequeno retoque. Retoques ocasionais exigem prudência para não se retirar demais e depois ter que corrigir em circunstâncias adversas.

Resultados definitivos somente devem ser considerados após 12 meses da cirurgia. As cirurgias de retoque, quando necessárias, serão aconselhadas pelo cirurgião, devendo-se respeitar o tempo necessário para a adequação dos tecidos e acomodação das cicatrizes. Quando realizadas em momento inoportuno, as cirurgias podem não alcançar os resultados desejados. Os retoques não significam incapacidade técnica, mas uma revisão cirúrgica para se alcançarem resultados ainda melhores.

Os custos desses possíveis retoques serão cobrados somente em relação às despesas hospitalares e de anestesista. Não serão cobrados os honorários da equipe cirúrgica, desde que esses retoques sejam realizados no período sugerido pelo cirurgião.

Para fins de honorários, será considerado retoque todo procedimento seguinte à primeira cirurgia, num período subsequente de 12 meses. Após esse período, qualquer intervenção cirúrgica será considerada como um novo procedimento, independentemente do primeiro, mesmo que nas mesmas áreas.

O código de normas e condutas do cirurgião plástico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica proíbe a exibição de fotos de antes e depois das operações, mesmo que haja autorização do paciente. Proíbe, ainda, o uso de fotos de partes do corpo. A divulgação de preços e condições de pagamento em meios de comunicação, como jornal e TV, também é vedada.

Intercorrências da Blefaroplastia

As intercorrências podem interferir no resultado final, em maior ou menor grau, independentemente da técnica cirúrgica e da condução do tratamento dessas pelo cirurgião. Por exemplo: deiscência de sutura, que formará cicatriz ruim no futuro.

Intercorrências podem ocorrer nesta ou em qualquer outra cirurgia, sendo as mais comuns: exposição do vermelhão, trações no canto externo dos olhos, frouxidão da borda da pálpebra inferior (criando um espaço entre a pálpebra inferior e o olho) e perda parcial dos cílios.

A Cirurgia de Pálpebras

A cirurgia é realizada em hospital ou clínica especializada em caráter ambulatorial, ou seja, tendo sua alta prevista para o mesmo dia. A anestesia é, preferencialmente, local com sedação, podendo também ser geral a critério do anestesista e das particularidades de cada caso. Em ambas as circunstâncias haverá controle perfeito realizado por um anestesista e toda a monitorização necessária (pressão arterial, pulso, eletrocardiograma e índice de oxigenação do sangue).

A cirurgia dura cerca de noventa minutos, devendo-se adicionar a esse tempo o preparo e a recuperação pós-anestésica. Dependendo do caso, existem detalhes que podem prolongar esse tempo.

Na pálpebra superior, é minuciosamente medida a quantidade de pele que deve ser removida, deixando a cicatriz final praticamente disfarçada no sulco natural da pálpebra. As bolsas de gordura superiores são tratadas.

Na pálpebra inferior, a incisão da pele é feita próxima à implantação dos cílios, sendo a pele levantada e as bolsas de gordura, quando presentes, retiradas. O excesso de pele é finalmente ressecado e a sutura (pontos) aplicada.

Ao final da cirurgia, serão colocados tampões de soro fisiológico sobre os olhos com o objetivo de controlar o inchaço e manter o repouso necessário no pós-operatório. Esses tampões serão removidos no momento da alta hospitalar.

Pré-operatório da Cirurgia de Pálpebra

Após conversar com seu médico e esclarecer todas as suas dúvidas, ele indicar-lhe-á alguns exames de rotina que recomendamos sejam feitos cerca de 10 dias antes da cirurgia. Também uma avaliação clínico-cardiológica (risco cirúrgico) será solicitada. Em determinados casos, podem ser solicitados outros exames específicos que possam ajudar no esclarecimento diagnóstico, por exemplo, uma avaliação oftalmológica.

Lembre-se das recomendações gerais para cirurgias plásticas. Nas duas semanas anteriores ao procedimento, não utilize medicamentos à base de Ácido Acetilsalicílico (AAS), anticoagulantes, corticoides de uso prolongado ou medicamentos para emagrecer. Não fume por 30 dias antes da operação. Fique em jejum de acordo com a recomendação médica (normalmente dez horas antes da cirurgia). Comunicar ao cirurgião qualquer anormalidade ou uso recente de medicamentos, assim como alergias. Guarde em casa objetos pessoais como joias e bijuterias e reporte qualquer outra recomendação que venha a ser pertinente. No dia da cirurgia, você deve acordar em jejum, tomar banho completo e chegar ao hospital 1 hora antes da cirurgia, com acompanhante.

Pós-operatório da Blefaroplastia

Normalmente a blefaroplastia não é uma cirurgia dolorosa. Caso ocorra uma maior sensibilidade, essa será abolida com analgésicos comuns prescritos pelo seu médico. Somente use medicamentos prescritos pelo seu cirurgião ou sua equipe.

As compressas umedecidas em soro gelado ajudam a controlar o edema (inchaço), devendo ser usadas algumas vezes durante o dia. Os tecidos das pálpebras são muito delgados e refletem o trauma cirúrgico através de edema (inchaço) e equimoses (manchas roxas ou avermelhadas), que são abrandadas com o tempo e desaparecem em torno de seis a dez dias, considerando as particularidades de cada caso.

Na primeira noite após a cirurgia, repouse e durma com travesseiros, mantendo a cabeça elevada. A retirada dos pontos será feita no 8º dia pós-operatório.

Durante alguns dias, poderá haver maior sensibilidade à luz, lacrimejamento ou sensação de olho seco, coceira ou até mesmo ardor. Recomenda-se o uso de óculos escuros por alguns dias para proteger da luz, do vento e de olhares curiosos. Recomendamos não assistir à TV ou se esforçar na leitura nos três primeiros dias de pós-operatório.

Comumente as cicatrizes adquirem coloração rósea, com o tempo vão clareando até adquirirem a tonalidade semelhante à da pele, ficando praticamente escondidas nos sulcos naturais das pálpebras.

Podem aparecer pequenos nódulos abaixo da pele durante o 1º mês da cirurgia. Esses nódulos são reações cicatriciais que se dissolverão e não devem ser motivo de preocupações.

Manchas vermelhas nos olhos podem aparecer e, com o tempo, desaparecerão. Todas essas manifestações podem ser explicadas com a seguinte frase: “O nosso organismo necessita de um tempo para se esquecer das agressões cirúrgicas”.

A volta para as suas atividades profissionais pode, em geral, ocorrer após o 4º dia da cirurgia, inclusive o uso dos óculos. No entanto, as lentes de contato só serão permitidas após 7 a 10 dias.

O uso de maquiagem fica liberado na primeira semana após a cirurgia, para esconder alguma equimose (mancha roxa) residual.

As atividades físicas, como pequenas caminhadas, são permitidas de forma branda após 10 dias e a exposição ao sol somente após 30 dias da operação, com uso de bloqueadores solares.

Os resultados definitivos relacionados ao inchaço devem ser esperados para três meses após a cirurgia, pois temos que esperar a acomodação dos tecidos no pós-operatório. Apesar disso, podemos considerar a volta às atividades habituais entre 5 a 7 dias.

Quando Operar as Pálpebras

Essa é uma cirurgia mais frequentemente indicada após os 30 anos de idade em função dos fenômenos de envelhecimento. No entanto, a presença de bolsas de gordura ou flacidez precoce das pálpebras ligadas a fatores genéticos pode sugerir a cirurgia para os mais jovens. Devido à dinâmica funcional das pálpebras, efetivamente existe um maior envelhecimento desse segmento da face em relação ao restante do rosto e, assim, as pálpebras geralmente são as primeiras a manifestar os sinais da idade. A blefaroplastia pode ser superior, inferior ou total, e a indicação vai depender da necessidade de cada caso. Muitas vezes, o problema das pálpebras ocorre devido a fatores clínicos, não estando, nesses casos, indicada qualquer cirurgia (olheiras, edemas etc.). Outras vezes, os problemas clínicos estão associados a problemas cirúrgicos e, mesmo que se operem devidamente as pálpebras, ainda assim persistirá um percentual do defeito original decorrente do distúrbio clínico associado.

Durante a primeira consulta, você estará diante do espelho apontando o que gostaria de melhorar e ponderando com seu cirurgião sobre os limites técnicos e as possibilidades que a cirurgia oferece.

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